há uma caixa que sempre surge quando não se espera, o que torna ainda mais mágicas as linhas escritas em tom de aviso.
pouco mais de dois meses atrás ela veio mostrando escritos, em busca de artistas-amigos-imagens a completar um projeto. para este, em pequenezas, fiz-refiz capa e posso dizer que foi em imensidão sempre que a reli.
bruno nobru, autor de cada vez mais menos e inspiração literária em meus dias, deixou em diálogo a impressão tanto precisa quanto não-literal para que eu deixasse fluir a vontade das linhas. e, se tem o que definir deste preto e branco, assim digo:
um dos sentidos mais fortes do livro é ser minimalista, mas ao mesmo tempo ter uma intensidade de significado. cada verso, ainda que breve, é carregado de efeitos e cada pílula que nos falta à capa é indicação de que as páginas seguintes contêm todas as substâncias de que o leitor precisa para se fazer completo.
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sobre o livreto "cada vez mais menos", texto por: Lara Marx